segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ata da reunião realizada na Igreja do Rosário, em 20 de março de 2012

Exposição de fotos organizada pelo memorialista Hedemir Linguitte,
salão da Igreja N. Sra do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França, 2002.

Estiveram presentes: Monsenhor Calazans, pároco da Penha; na qualidade de encarregados da lojinha da igreja Ir. Isabel Abacherly, Sr. José e Raimundo Alves Sá; membros da Fraternidade do Caminho Ir. Damiana e Ir. Esperança; membros do grupo carismático Roberto Pires, Maria Aparecida P., Sonia Maria Silvagl e Maria Luiza J. Bem Goulart; membros da comissão dos festejos do rosário José Morelli, Neuza de Lima, Vera Helena V. de S. Roberto, Isabel Cristina Justino, Francisca dos Santos Sanchez, Altair S. Francisco, Júlio César J. Marcelino e Lara de Jesus G. Francisco; da assessoria do vereador Gilberto Natalini: Marco Antonio Alves. Não esteve presente a encarregada do bazar.

Às 20 horas, Monsenhor Calazans deu início à reunião com uma oração. Em seguida, passou a palavra ao José Morelli para que este introduzisse o assunto. Morelli disse que, passados já 12 anos do término da reforma da igreja, esta é a primeira vez que se reúnem os diversos grupos que vêm fazendo uso da mesma. Uma oportunidade de estarem conversando e se articulando no sentido de poderem se organizar melhor e atenderem também às necessidades de manutenção e melhora da igreja, que se constitui como um patrimônio histórico do bairro e da cidade de São Paulo.

A conversa foi iniciada abordando a questão do espaço em que nos encontrávamos naquele momento. A explicação do novo espaço reservado para o bazar, mais ao fundo e com possibilidade de se manter fechado e preservado, além de suficiente para acomodar seu estoque. Quanto ao restante do salão, a parte central deve ficar para uso do grupo de oração dos carismáticos e o espaço mais próximo da entrada com o suporte onde serão colocadas as fotos da exposição do Sr. Hedimir Linguitte, além de um espaço utilizado como pequeno refeitório e um lugar onde possam ser armazenados os materiais de limpeza e as sobras das velas a serem vendidas.

Quanto às fotos da exposição o Roberto Pires explicou o que aconteceu com o trabalho de digitalização que se encontrava nos computadores e que foram roubados, juntamente com as máquinas fotográficas que faziam parte do material utilizado para realização do trabalho. Monsenhor Calazans se posicionou contrário à idéia de não trazer de volta para a igreja a exposição, não concordando de que a mesma fosse para a Faculdade João XXIII, como foi dito. O Roberto Pires se comprometeu de fazer retornar todo o conjunto de fotos dentro de 15 dias, no máximo 1 (hum) mês. Foi observado pelo Morelli que o suporte para as fotos parecia insuficiente para um número tão grande de painéis. O Roberto disse que iria pedir ao profissional que confeccionou a estrutura que a aumentasse a fim de que pudesse conter todos os painéis. (veja a foto acima dos painéis antes de serem retirados da Igreja)

O assunto seguinte foi sobre o terreno ao lado da igreja e que não é contemplado com limpezas por parte da prefeitura. Dias atrás, a porta de ferro que se encontrava ali foi roubada. Monsenhor disse que estava pensando de fechar o espaço da porta com tijolos. A área pertence à prefeitura. O Raimundo disse que, ligando para a subprefeitura, esta lhe informou que o terreno era da igreja. O Morelli disse então que se eles dizem que é da igreja, por que a igreja não toma posse dele utilizando-o, quem sabe, como um lugar de recreio para as irmãs da fraternidade? – A idéia foi contestada pelo fato de ser um espaço muito exposto à vista de todos os que por ali passam. Foi dito também que o muro ali facilitava que o lugar fosse utilizado para ações indevidas e que o melhor seria derrubá-lo. O assunto não ficou encerrado. Continua como um desafio a todos os que se interessam para que o local onde se encontra a igreja se torne convidativo para aqueles que a queiram frequenta-la.

Na mesma linha do assunto anterior, foi apontado o problema de manutenção e conservação da igreja, bem como projetos que visem o seu futuro e façam com que ela melhore em suas condições de acolhimento e de expressão de sua importância como patrimônio e história.

Foi apontada a necessidade de substituição das madeiras de parte do forro, em baixo do coro e de nova pintura nas paredes internas, além da porta do banheiro que possui condição precária precisando ser trocada. O Roberto Pires se prontificou de conseguir uma outra porta. Quanto ao forro, a madeira já foi comprada, precisando apenas que o Osvaldo possa vir substituir as carcomidas pelos cupins pelas novas de qualidade mais resistente.

Quanto aos pedidos de que a igreja se mantenha aberta aos sábados e domingos, quando o largo recebe as feiras de artesanato e dos bolivianos, Monsenhor Calazans perguntou às irmãs da fraternidade se haveria possibilidade delas abrirem nos sábados. A Ir. Esperança explicou que em alguns sábados elas têm compromisso de comparecer em outras comunidades da fraternidade e que, quanto aos sábados em que permanecem em casa, ela iria conversar com as outras irmãs.

Quando foi solicitado que os outros grupos cooperassem com a realização da festa, o Roberto argumentou de que não se pode obrigar a que todos gostem das mesmas coisas. Para quem não tem afinidade é muito difícil poder estar fazendo coisas com as quais não combina. O argumento foi entendido. Foi pedido que cada grupo fosse aceito e respeitado em sua maneira própria de agir, construindo uma unidade na diversidade.

Para terminar e aproveitando da oportunidade de estarem presentes todos os que fazem uso da igreja do Rosário, foi solicitado ao Júlio que apresentasse a programação da festa que deverá acontecer no próximo mês de junho. Em nome da comissão, o Júlio falou de que, neste ano, a Igreja completa 210 anos de aprovação oficial e 30 anos de que foi tombada pelo condephaat.

Depois detalhou toda a programação que se inicia no sábado, dia 02, com o levantamento do mastro, falou do dia principal, domingo (17 de junho), com a presença dos grupos de congadas, moçambiques, marujada, maracatu, samba-lenço, irmandades e pastorais, missa campal e almoço no salão da basílica, palestras nas quartas-feiras, terminando no final do mês com o terço cantado e a retirada do mastro.

À pergunta de como sentiram a reunião, o que foi manifestado foi de que a reunião havia sido uma excelente oportunidade de conhecimento e integração entre todos aqueles que vivenciam atividades contando com as dependências da igreja do rosário, uma oportunidade de se quebrarem as resistências nos relacionamentos entre todos. Seria bom que, pelo menos uma vez por ano, o grupo voltasse a se reunir.

Para terminar, Monsenhor Calazans iniciou a oração e deu a todos uma bênção, invocando em seguida Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

José Morelli

31/03/2012

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